Hobbes e a ciência do século XVII

  • Marcelo Cerquera Bonanno Universidade Federal de São Paulo, Paris 1 Panthéon-Sorbonne
Palabras clave: Ciência, política, Hobbes, Boyle, discurso

Resumen

La gran disputa entre Hobbes y Boyle aparentemente propinó al primero una amarga derrota que la historia de la ciencia ha imputado sin piedad, haciendo ganar fuerza a los argumentos en torno a la idea de que Hobbes no era más que un aristotélico reformado. La brillante obra de Leijenhorst es un buen ejemplo de ello, pero también podríamos citar textos de Pecharman y Michael Edwards. Yendo más allá, la disputa antes mencionada está bien analizada por Shapin y Schaffer en Leviathan & the Air-Pump, lo que termina por hacer aún más sólida la tesis de que Hobbes no tuvo lugar en el gran cambio científico del siglo XVII. En oposición al escenario presentado anteriormente, pretendemos mostrar cómo, además de ser injusta, la afirmación del aristotélico reformado es inexacta y que, en consecuencia, la posición de Hobbes como interlocutor destacado del universo científico es absolutamente legítima. El revuelo entre estos dos exponentes intelectuales del siglo XVII inglés expone los estrechos vínculos entre ciencia y política que se dan mucho más en el registro político-discursivo que en cualquier simbología científica que se oponga al consenso a través del experimentalismo y una filosofía natural reaccionaria supuestamente todavía radicalmente ligada al aristotelismo.

Abstract

The great dispute between Hobbes and Boyle apparently handed the former a bitter defeat that the history of science has mercilessly imputed, making arguments surrounding the idea that Hobbes was nothing more than a reformed Aristotelian gain strength. Leijenhorst's brilliant work is a good example of this, but we could also cite texts by Pecharman and Michael Edwards. Going further, the aforementioned dispute is well dissected by Shapin and Schaffer in Leviathan & the Air-Pump, which ends up making the thesis that Hobbes had no place in the great scientific shift of the 17th century even more robust. In opposition to the scenario previously presented, we intend to show how, in addition to being unfair, the Reformed Aristotelian's claim is inaccurate and that, consequently, Hobbes' position as a prominent interlocutor of the scientific universe is legitimate. The uproar between these two intellectual exponents of the English 17th century exposes the close links between science and politics that occur much more in the discursive-political register than in any scientific symbology that opposes consensus through experimentalism and a reactionary natural philosophy supposedly still radically linked to Aristotelianism.

Resumo

Estudo A grande disputa entre Hobbes e Boyle aparentemente conferiu ao primeiro uma amarga derrota que a história da ciência imputou impiedosamente, fazendo com que os argumentos em torno da ideia de que Hobbes nada mais seria do que um aristotélico reformado ganhassem força. O brilhante trabalho de Leijenhorst é um bom exemplo disso, mas poderíamos também citar textos de Pecharman e Michael Edwards. Indo além, a supracitada disputa é bem dissecada por Shapin e Schaffer em Leviathan & the Air-Pump, o que acaba deixando a tese de que Hobbes não teria espaço na grande guinada científica do século XVII ainda mais robusta. Em oposição ao cenário anteriormente apresentado, temos a intenção de mostrar como além de injusta, a pecha de aristotélico reformado é imprecisa e que, como consequência, a posição de Hobbes como um proeminente interlocutor do universo científico é absolutamente legítima. A celeuma entre esses dois expoentes intelectuais do século XVII inglês expõe as estreitas ligações entre ciência e política que se dão muito mais no registro discursivo-político do que em qualquer simbologia científica que oponha consenso pelo experimentalismo e uma filosofia natural reacionária supostamente ainda radicalmente ligada ao aristotelismo.

Publicado
2024-02-13
Cómo citar
Cerquera Bonanno, M. (2024). Hobbes e a ciência do século XVII. Boletín De La Asociación De Estudios Hobbesianos, (43), 55-62. Recuperado a partir de https://hobbesiana.com.ar/index.php/hobbesianos/article/view/60
Sección
Artículos